A cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, lidera o ranking das 65 cidades indutoras do turismo no quesito aspectos sociais. Ela é um dos destaques do último Índice de Competitividade do Turismo Nacional elaborado pelo MTur. O município recebeu pontuação de 83,4 pontos neste quesito e evoluiu oito pontos em relação ao ano de 2013, quando apresentou pontuação de 75,4. O estudo foi apresentado no final de dezembro pelo Ministério do Turismo.
A evolução do destino nesse aspecto se deve, especialmente, aos empregos gerados pelo turismo, às políticas de prevenção e enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes, à implantação de equipamentos e atrativos de uso público aos turistas e à sensibilização da comunidade em relação ao turista.
De acordo com o ministro do Turismo, Vinicius Lages, o índice permite avaliar, ano a ano, a capacidade de um destino de se superar e alcançar níveis cada vez mais significativos de desenvolvimento. "Estamos premiando aqueles que mais evoluíram como forma de estimular e reconhecer esse progresso", disse. "Também nos dedicamos a destacar os casos de boas práticas nos destinos, ações de sucesso que podem e devem ser multiplicadas, aplicadas a outros municípios respeitando as características e as demandas de cada localidade", afirmou.
No ranking geral Balneário Camboriú está entre as 15 melhores cidades turísticas do país, com 69,9 pontos. A pontuação está acima da média Brasil do estudo (59,5 pontos) e até mesmo da média das capitais (68,2). No ano passado a cidade foi premiada pelo MTur pela sua evolução no índice geral.
Além dos aspectos sociais, Balneário Camboriú está bem posicionado em marketing e promoção do destino (9º) e em cooperação regional (7º). Já na comparação com a pontuação do ano anterior nas 13 dimensões, o município obteve evolução em nove delas, com destaque para a cooperação regional, na qual passou de 60,6 pontos para 71,1.
O secretário de turismo de Balneário Camboriú, Ademar Schneider, afirma que o turismo é responsável por 16% das riquezas geradas no município. Segundo ele, pelo menos seis mil empregos são gerados pelos setores hoteleiro, comércio e prestadores de serviços. Ainda segundo a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico, a cidade recebe cerca de 4,5 milhões de turistas por ano.
O objetivo do Índice de Competitividade é medir a capacidade das cidades de gerar negócios em atividades relacionadas ao setor de forma sustentável e positiva para o turismo. O estudo é realizado pelo Ministério do Turismo em parceria com o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas. Para o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, o estudo é uma ferramenta que aumenta o conhecimento sobre a realidade da atividade turística: "O setor de turismo é formado, majoritariamente, por pequenos negócios. Elevar o patamar de competitividade dessas empresas é crucial para assegurar a sua sobrevivência no mercado", disse.
Hoje, o Brasil conhece mais sobre o turismo brasileiro do que há seis anos, quando lançou a primeira edição do índice de competitividade. "Nosso conhecimento sobre os destinos é maior, e por isso conseguimos planejar ações de forma mais incisiva e eficiente", disse o secretário nacional de Políticas de Turismo, Vinícius Lummertz.
Florianópolis e São Joaquim
Outras duas cidades catarinense fazem parte do estudo do Índice de Competitividade: a capital Florianópolis e São Joaquim, na serra. Elas se posicionam respectivamente em 10º lugar e 50º no ranking geral.
No passado Florianópolis também recebeu premiação do Ministério do Turismo por ter obtido a maior evolução dentre os destinos, no quesito de acesso, com um crescimento de 8,9 pontos. No estudo deste ano, o índice geral de pontuação da capital é 74,2 enquanto que São Joaquim somou 49,8 pontos.
Os melhores resultados de Florianópolis são na infraestrutura geral, onde o município ocupa a segunda colocação entre as 65 cidades avaliadas; além terceiro lugar no quesito de políticas públicas e o quinto lugar no ranking de capacidade empresarial. Entre os 13 aspectos analisados a capital obteve pontuação superior a do ano anterior em sete (infraestrutura, serviços e equipamentos turísticos, atrativos turísticos, economia local, capacidade empresarial e aspectos sociais e culturais).
Já São Joaquim subiu cinco posições no ranking geral passando de 55º para 50º do estudo e apresentou uma evolução em dez itens. O maior destaque foi no quesito de cooperação regional onde o município obteve nova 45,2 subindo 12,5 pontos em relação ao ano anterior. Outra evolução considerável foi nos aspectos sociais com pontuação de 57,7 pontos e evolução de 6,5.
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